Susane Travassos estudou piano e violino antes de começar a formação em dança. Após ter formação em ballet estudou dança espanhola e flamenco, tendo se diplomado pela Sociedad Internacional de Baile Español. Iniciou os estudos de dança indiana (estilo kathak) em Paris, com Sharmila Sharma e vem prosseguindo a formação com a professora Shikka Khare em Nova Déli. Além da dança, estuda na Índia a música carnática e a técnica do violino na música indiana.
Fluxos Espetáculo multimídia concebido e dirigido pela compositora Angélica Faria, com roteiro de Bijoy George sobre o Tsunami da Ásia em 2004. Foi escrito no formato típico do Indian Dance Drama e a adaptação redimensiona o texto com intercâmbio das linguagens da música, dança, teatro e vídeo. Fluxos reúne três vocabulários: danças indianas, brasileiras e contemporâneas, que se
intercambiam com as imagens de vídeo criando uma linguagem cênica peculiar. A música é executada ao vivo, improvisada na maior parte, num diálogo constante com os bailarinos.
Fluxos foi apresentado no Rio de Janeiro em temporadas em 2006 e 2007 e em Nova Iorque em 2009.
Neste espetáculo, além da participação na criação coreográfica e intérprete, Susane Travassos criou o figurino para a temporada de Nova Iorque.
Takadime tem como tema a relação da dança com o ritmo e a percussão, e como esses elementos se completam : o corpo em movimento visto também como um instrumento de percussão. A influência da percussão sobre o físico, o mental e emocional humanos é enorme. O fundamental da música é a vibração rítmica. Dentre todos os instrumentos, os de percussão são os mais antigos em todas as culturas, e sempre exerceram um especial fascínio sobre os músicos, os bailarinos e o público.
Takadime é uma suite coreográfica dividida em 9 movimentos. Com um enfoque cênica e coreograficamente moderno, mas inspirado em elementos tradicionais, como por exemplo a estrutura rítmica de tipos de música de várias partes do mundo, técnicas de sapateado flamenco e americano.
Na suite, são apresentadas inúmeras possibilidades de integração movimento/ritmo/percussão.
Além de 5 bailarinas, que também tocam instrumentos, o espetáculo conta com a participação de um percussionista, e usa instrumentos de várias origens como: balafon africano, tabla, mridangam, kartal e kanjiras, da Índia; cajón e castanholas da Espanha; darbouka e pandeiros árabes, além de tambores de maracatu, que compõem o cenário.
O título do projeto, Takadime, vem de algumas das sílabas usadas pelos percussionistas e bailarinos indianos no seu treinamento rítmico.
Takadime teve pré-estréia no Teatro do BNDES em 2003 e foi apresentado em temporadas no Teatro Cacilda Becker e Teatro do Jockey, (2005), e no Centro Coreográfico do Rio de Janeiro (2006).
Elenco:
Bailarinas: Alessandra Baiocchi – Carolina Barros – Lorenna Eunapio – Natacha Travassos –Susane Travassos
Percussionista – Jaffer
Ricercare, coreografia de Susane Travassos para o espetáculo Takadime , do Grupo Raga. Bailarinas: Alessandra Baiocchi, Lorenna Eunápio, Carolina Barros, Natacha Travassos e Susane Travassos. Percussionista: Jaffer.
Trecho do espetáculo Takadime, do Grupo Raga.
Com: Alessandra Baiocchi, Susane Travassos, Natacha Travassos e Lorenna Eunápio.
Contratempo – Dança flamenca (por Bulerias). Trecho do espetáculo Takadime, do Grupo Raga. Com: Susane Travassos, Alessandra Baiocchi e Lorenna Eunápio.
Todas as Ragas da Índia. Este espetáculo é uma homenagem à Índia, com seus rituais milenares, seus milhares de deuses e à sua cultura, que resistiu a invasões e ao colonialismo.Estão presentes vários estilos de dança, como o kathak, do norte, o odissi, do leste, além das ragas executadas com autênticos instrumentos indianos.
A imensa riqueza dos ritmos da Índia é apresentada também através da “percussão vocal”, chamada konakkol, que em princípio era um método de aprendizado para percussionistas, mas que acabou se tornando uma arte em si. A estrutura rítmica da música indiana, muito complexa, é baseada nas talas (estruturas de compassos incomuns na música ocidental, com rítmos em 5, em 7, em 10 1/2 , em 19, etc.) Existem mais de 300 talas, e os músicos e bailarinos têm que dominar todas essas variações.
No espetáculo são usados instrumentos como sitar, tabla, mridangan, ghatam, kanjira, swaramandal, harmonium, flauta de bambu, violino e ghungroos (guizos que as bailarinas usam nos tornozelos).
Todas as Ragas da Índia foi apresentado em temporadas no Teatro Cacilda Becker (RJ), no SESC de Teresópolis (RJ) em abril de 2002, no Teatro Planetário, RJ, (Projeto Música nas Estrelas), e no Teatro do SESC Pompéia (SP).
Elenco:
Bailarinas: Bia Ocougne (convidada especial) e Susane Travassos.
Músicos: Jaffer, Michel Mujalli, Silvia Brasil, Sandro Ferreira e Alessandra Baiocchi.
De Benares a Jerez. O espetáculo De Benares a Jerez descreve, como numa viagem, o caminho da música e da dança dos povos nômades, atravessando o tempo e os continentes, desde o norte da Índia, passando pelo Oriente Médio e chegando ao sul da Espanha.
Entre os séculos VII e X da Era Cristã, invasões islâmicas provocaram a fuga de várias tribos de povos do vale do rio Indo, no norte da Índia. Ao longo do tempo, seus descendentes peregrinaram pelo Oriente Médio, Norte da África e Europa, dando origem aos grupos conhecidos como ciganos.
Os primeiros ciganos chegaram ao sul da Espanha no início do século XV. O cruzamento das diversas heranças culturais do povo da Andaluzia ( cantos religiosos hindus e gregos, melodias persas, danças de origem árabe) deu origem ao flamenco, uma forma muito peculiar de canto e dança.
É facilmente notada a semelhança entre a estética melismática da música vocal da Índia e do Paquistão e o cante jondo flamenco. Estas formas musicais também se assemelham na multiplicidade e variedade rítmicas. As duas formas de dança usam os pés como um instrumento de percussão. Os arabescos desenhados no ar pelas mãos das bailaoras de flamenco têm sua origem nos mudras, figuras feitas com as mãos, que têm significados precisos nas danças indianas.
De Benares a Jerez foi apresentado em temporadas no Teatro Cacilda Becker (RJ), no Teatro Galáucio Gill (RJ), no Parque das Ruínas (RJ), no Teatro Municipal de Niterói e no SESC Bertioga (SP).
Elenco:
Bailarinas: Alessandra Baiocchi e Susane Travassos
Músicos: Jaffer, Michel Mujalli, Silvia Brasil e Mara Lúcia Ribeiro.
A trilha sonora foi gravada no cd do mesmo nome, lançado em 2000.
Orquestra Indiana de Cordas. Como consequência do estudo sistemático da música clássica indiana (especialmente a carnática, do Sul da Índia), surgiu a vontade de criar um grupo só dedicado a esta música, das mais complexas do mundo tanto em melodia (raga) como em ritmo (tala).
Assim, convidei músicos que, junto com a música indiana, têm interesse em experimentar e pesquisar novas combinações de sons, ritmos e instrumentos.
A Orquestra se apresentou em vários concertos no Rio de Janeiro entre 2004 e 2006.
O repertório incluia desde a música clássica indiana, com as ragas de mestres como Ravi Shankar (no estilo hindustani, do norte da India) e L. Subramanian (no estilo carnático, do sul da India) até a música popular nordestina,
com suas influências árabes e ibéricas.
Os instrumentos usados eram : veena, sitar, swaramandal, tamboura, violino e santoor (instrumento com 113 cordas). Suas sonoridades mescladas com o timbre da rabeca nordestina e da viola caipira de 10 cordas, numa fusão surpreendente e perfeita.
Direção: Susane Travassos
Regência e arranjos: Paulo Freitas
Músicos: Daniel Andrade (violino e viola), Jaffer (tabla e pakawaj), Michel Mujalli (sitar), Sandro Ferreira (sitar e percussão), Paulo Freitas (alaúde, rabeca, santoor e viola caipira), Silvia Brasil (tamboura e swaramandal) e Susane Travassos (violino).
Susane Travassos, bailarina, coreógrafa e violinista,
estudou piano e violino, tendo se diplomado em 1982 pelo Conservatório Brasileiro de Música.
Teve formação em dança clássica e contemporânea, tendo sido aluna, entre outros mestres, de Thereza d’Aquino e Angel Vianna.
Estudou dança espanhola e flamenco, tendo se diplomado pela Sociedad Internacional de Baile Español. No Brasil estudou com Theo Dantes ( 1987 a 1993), e depois fez cursos em Madrid com Maria Magdalena, La Tati, Cristóbal Reyes, La China e Rafaela Carrasco.
Iniciou os estudos de dança indiana (estilo kathak) em Paris, com Sharmila Sharma (1995-96), e vem prosseguindo a formação com a mestra Shikka Khare em Nova Déli, em temporadas anuais desde 2001. Fez também cursos com os mestres Kumudhini Lakhia e Birju Maharaj.
Já se apresentou várias vezes na Índia, em Nova Déli e Khajuraho, em festivais e eventos, tanto em solo quanto em grupo.
Além da dança, estuda na Índia a música carnática e a técnica do violino na música indiana, sendo aluna de M. Lalitha, sobrinha do mestre L. Subramanian.
Em 1998 funda seu próprio grupo de dança, o Grupo Raga, e realiza vários espetáculos apresentados em temporadas no RJ, São Paulo e Bahia.
Os mais importantes foram:
DE BENARES A JEREZ, apresentado no RJ (Teatro Cacilda Becker e Teatro Gláucio Gill e Parque das Ruínas) e em Niterói (Teatro Municipal) em temporadas em l999, 2000 e 2002. Apresentado também no Teatro do SESC -Bertioga (SP). A trilha sonora deste espetáculo foi transformada no CD, que leva o mesmo nome, lançado em set/2000.
Todas as Ragas da India – apresentado no RJ (Teatro Cacilda Becker) em temporada em 200l, no SESC de Teresópolis (RJ) em abril de 2002, no Teatro Planetário, RJ, (Projeto Música nas Estrelas), e no Teatro do SESC Pompéia (SP).
Takadime – apresentado no Teatro do BNDES em 2003, no Teatro Cacilda Becker em temporada em julho de 2005, no Teatro do Jockey em novembro de 2005 e no Centro Coreográfico do RJ em março de 2006.
Em 2006 participou, como coreógrafa e bailarina, de FLUXOS, espetáculo de Angélica Faria, apresentado no Teatro Cacilda Becker, no Centro Coreográfico do Rio de Janeiro e no Espaço Café Cultural. Em 2009 Fluxos foi apresentado em Nova Iorque, no Joria Theatre, no Tenri Institute e na New Jersey School of Dance.
Faz parte do coletivo de artistas International Arts and Healing baseado em Nova Iorque desde 2006 e participou da criação e apresentação de vários espetáculos multimídia como FLUXOS, INTERFACE e PULSATIONS.
FLUXOS apresentado no Rio de Janeiro em temporadas no Teatro Cacilda Becker e no Centro coreográfico em 2009.
INTERFACE E PULSATIONS foram apresentados em NY.
Desde 2004, dirige a CASA AZUL, sua própria escola de danças no Rio de Janeiro, onde são ensinadas música e danças indianas, além de ballet, flamenco, sapateado, outras danças étnicas, dança contemporânea e yoga.
Em 2004, forma e dirige a Orquestra Indiana de Cordas, que vem se apresentando em vários espaços culturais, com um repertório mesclando música indiana e música do Nordeste do Brasil.